quarta-feira, 31 de agosto de 2011

EU - Pessoa

    Adiamento
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...
    Álvaro de Campos

Bom...

Paperweight

Joshua Radin

(feat. Schuyler Fisk)
Been up all night staring at you
Wondering what's on your mind
I've been this way with so many before
But this feels like the first time
You want the sunrise to go back to bed
I want to make you laugh

Mess up my bed with me
Kick off the covers, i'm waiting
Every word you say i think i should write down
Don't want to forget come daylight

Happy to lay here
Just happy to be here
I'm happy to know you
Play me a song, your newest one
Please leave your taste on my tongue
Paperweight on my back
Cover me like a blanket

Mess up my bed with me
Kick off the covers, i'm waiting
Every word you say i think i should write down
Don't want to forget come daylight

And no need to worry that's wastin time
And no need to wonder what's been on my mind
It's you
It's you
It's you

Every word you say i think i should write down
Don't want to forget come daylight
And i give up i let you win, you win
Cause i'm not counting

You made it back to sleep again
Wonder what you're dreaming

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Clichê

...mas preciso aprender a aprender. Aprender a estudar. Concurso da vez, fiasco.
Ai, que triste!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Frase do dia - da tia.

A gente precisa sair de vez em quando e descansar os olhos das mesmas coisas de sempre.

Corcordo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Correios

As encomendas demoram...mas chegam!
Ooooba!

Qual é o limite saudável para assistir o mesmo filme? rs

Ah, semana romântica...rsrsrs

sábado, 6 de agosto de 2011

Divagando em laranja, autumn inside...

Há tanto o que fazer na edificação dos meus próprios alicerces.
Não há um ponto claro por onde começar.
Mas, definitivamente, não existe maneira menos difícil do que a de dar o primeiro passo em algum sentido.
Mensurar a rigidez moral é inviável frente aos fantasmas do cotidiano.
Não são bons números que trazem as estatísticas sobre tudo até agora.
Frequentemente tenho que me por à parte de mim mesma. Excluir a mim mesma dos meus dias.
Obviamente, afastar-me de mim não é o bastante. Educar-me seria mais eficaz.
Educação não é uma das minhas maiores virtudes.
Do que eu como, vejo ou escuto. Se gosto, esgoto, até não querer mais.
Pelo menos não querer tanto quanto no momento anterior.
Sou uma caixa de fósforo. Eu me queimo e observo consumir toda a haste.
De novo e de novo.
Tenho receio pelo dedo, não tenho o costume de queimá-lo. Uma questão de tempo.
O que eu quero não me pertence agora. Não agora.
O que eu faço até o agora chegar é o que me assombra.
Temo em não ser forte o bastante para persistir diante do meu reflexo.
Talvez a alma esteja fraca, precisando de mais preces, de mais palavras certas.
Ainda assim, meus pés não se movem.
É impressionante como consigo desculpas para o atraso.
Algumas, repetidas mais que outras.
Mas a sensação é a de um curral. Tenho que aprender a dar voltas amarrada em uma corda.
Quantas  já foram?
Selvagem e educação são conceitos divergentes. Digo além do conceito de adestrar. Será?
Ao que parece estou tentando me convencer a permanecer no equívoco. Hábito.
Sou fósforo até pra reunir coragem para deixar de sê-lo.
As cercas são impositivamente o que de certo e constante eu tenho.
No fim das contas, é o que impede que eu me perca.
Pelo menos a parte orgânica de mim.
Não questiono a utilidade do remédio amargo - se eficaz.
É só que bebo com os olhos e ouvidos os cantos doces da ilusão.
E fica esta impressão.
Penso como seria exorcisar o que é sombra.
Imaginar o que restaria me preocupa.
O ato de ser tornou-se sigiloso.
De qualque forma, a prudência diz que errar para depois deixar de errar é inviável.
Que pelo menos dessa vez, haja somente a atmosfera do erro. Já é alguma coisa.
Prudência. Sensatez. Paciência. Ser comedido, cauteloso, calmo, tranquilo.
Coragem. Persistência. Força de vontade.
E no meio de todos eles, encontrar-se com medida, com equilíbrio.
Eis que surge a mais difícil de todas as metas.
E um mundo inteiro em um pasto, que talvez, de tão pequeno e superficial, deixe de ser mundo.
E realizo uma transição impensável para a Física: de fósforo à Plutão.
Que início de semana promissor! rs 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ernest H.

"Nunca confunda movimento com ação".

A insustentável leveza do ser



Milan Kundera, aos 16 e aos 27... quanta diferença!
De Tomás à Teresa, sem Praga, sem Sabina.
Momento de "cozimento" interno.
Reavaliando para segunda.

"A leveza segue-se de um não-engajamento, um não-comprometimento com situações quaisquer, aproximando-se, nesse sentido, das ideias de Jean-Paul Sartre sobre a condição humana". (...)  leveza, porém, despe a vida de seu sentido. O peso do comprometimento é uma âncora que finca a vida a uma razão de ser, qualquer, que se constrói - sob uma perspectiva existencialista, evidentemente."
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Insustent%C3%A1vel_Leveza_do_Ser

POST Nº 100...rs

Só pra constar...rrs

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Making my wish

que meu aniversário é semana que vem...
1º de setembro saberei se essa história de desejar antes de apagar as velinhas funciona!!!

Retificando

"Tem gente que cose para fora. Eu coso para dentro". C.L

Atenção: página para estranhos

Eu não tenho rosto, nome, nem informações precisas.
Isto, porque não sou.
Aqui, o princípio é da catarse.
O transbordar que não derrama em solo conhecido.
Pura auto-psicologia dos tempos modernos. Particular. Um leitor estranho. Talvez mais.
Julgamentos que serão sempre reconfortantes por serem incompletos, imprecisos, com as lacunas do desconhecido.
Assim desejo que permaneça.
Até porque seria demais.
A zona de conforto é para todos.
Estar desnuda, descoberta, exposta.
Não me sinto confortável enquanto alvo.
Assim, se me conhece, se sabe quem sou: não leia mais.
Respeite o sigilo entre "médico" e paciente!

Porque gostei tando da frase, resolvi dizê-la.

"Seus olhos têm o frescor daquilo que é visto pela primeira vez."